1-2 Mais tarde, durante a colheita de trigo, Sansão foi visitar sua mulher e levou um cabrito. Ele dizia: “Vou ver minha mulher e entrar no quarto dela.” Mas o pai dela não o deixou entrar, dizendo: “Imaginei que você a odiava; por isso, ela foi dada ao seu padrinho de casamento. Mas a irmã menor dela é muito mais bonita. Por que você não a aceita por mulher?”

3 Sansão respondeu: “Bom, desta vez não me responsabilizo pelo que vou fazer aos filisteus.”

4-5 Ele conseguiu reunir trezentas raposas. Amarrou-as aos pares pela cauda e prendeu uma tocha na cauda de cada par. Em seguida, pôs fogo às tochas e soltou as raposas nas plantações de cereais dos filisteus. Os feixes de cereal colhido, os que iam ser colhidos, as vinhas e os olivais — tudo foi queimado!

6 Os filisteus disseram: “Quem fez isso?” Alguém informou: “Foi Sansão, genro do timnita, porque o pai dela deu a mulher ao seu padrinho de casamento.” Os filisteus, por vingança, queimaram a mulher e seu pai.

7 Sansão disse àqueles homens: “Se é dessa maneira que vocês querem agir, juro que me vingarei de vocês. Vou até o fim!”

8 E os matou, sem misericórdia. Foi um verdadeiro massacre. Depois, desceu e se abrigou na caverna da rocha de Etã.

9-10 Os filisteus acamparam em Judá, dispostos a atacar Lei (Queixada). Mas os homens de Judá perguntaram: “Por que vocês estão contra nós?” Eles responderam: “Estamos à procura de Sansão. Queremos pegar Sansão para retribuir o que ele fez conosco.”

11 Três mil homens de Judá foram até a caverna da rocha de Etã dizer a Sansão: “Não percebe que os filisteus já nos ameaçam e dominam? Por que você está piorando a situação?” Ele respondeu: “Apenas dei o troco. Fiz com eles o que eles fizeram comigo.”

12 Eles disseram: “Viemos aqui para prender você e entregá-lo aos filisteus.” Sansão disse: “Prometam que vocês não vão me machucar.”

13 Eles responderam: “Prometemos. Vamos apenas prender e entregar você aos filisteus, mas não mataremos você.” Então, eles o amarraram com cordas novas e o tiraram da caverna.

14-16 Quando se aproximavam de Lei, os filisteus vieram ao encontro deles, com gritos de euforia. Então, o Espírito do Eterno veio sobre ele com grande poder. As cordas que prendiam os seus braços se romperam como fio de linho queimado, e as correias caíram de suas mãos. Ele apanhou uma queixada de jumento ainda fresca e, com ela, matou mil homens. Depois, Sansão disse: “Com a queixada de um jumento Fiz deles um montão de jumentos. Com a queixada de um jumento, Matei uma companhia inteira.”

17 Terminando de falar, jogou a queixada fora e deu ao lugar o nome de Ramate-Leí (monte da Queixada).

18-19 Depois disso, ele sentiu uma sede terrível e suplicou ao Eterno: “Tu concedeste uma grande vitória ao teu servo. E agora vou morrer de sede e cair nas mãos dos incircuncisos?” Então, Deus abriu uma rocha em Lei, que jorrou água, e Sansão bebeu. Depois de saciado, ele recobrou o ânimo! Por isso, aquela fonte é chamada de En-Hacoré (Fonte de Quem Clama). Está lá até hoje.

20 Sansão governou Israel durante vinte anos, no período da opressão dos filisteus.