1-2 Naquele dia, Débora e Baraque, filho de Abinoão, cantaram este cântico: Quando os guerreiros soltaram o cabelo em Israel e o deixaram esvoaçar ao vento forte, O povo, numa exclamação voluntária, bendisse o Eterno!

3 Ouçam, ó reis! Escutem, ó príncipes! Ao Eterno, sim, ao Eterno cantarei. Vou compor um hino ao Eterno, ao Deus de Israel.

4-5 O Eterno, quando saíste de Seir, atravessando os campos de Edom, A terra tremeu, até os céus derramaram chuva, e as nuvens transformaram-se em rios. Os montes saltaram diante do Eterno, o Deus do Sinai, perante o Eterno, o Deus de Israel.

6-8 Na época de Sangar, filho de Anate, e na época de Jael, As estradas públicas foram abandonadas, os viajantes pegavam estradas vicinais. Os guerreiros ficaram gordos e relaxados, não tinham mais ânimo para lutar. Até que surgiu você, Débora; você, mãe em Israel, apareceu. Deus escolheu novos líderes que lutaram diante das portas. Não foram vistos escudos nem lanças entre os quarenta mil soldados de Israel.

9 Entregue seu coração, ó Israel, seja voluntário e dedicado, e todo o povo bendiga o Eterno!

10-11 Vocês que cavalgam jumentos de raça, confortavelmente montados em suas selas; Vocês que caminham pelas ruas, ponderem, prestem atenção! Reúnam-se à volta do poço da cidade e ouçam-nos cantar, Celebrando as vitórias do Eterno, as vitórias conquistadas em Israel. Então, o povo do Eterno desceu até as portas da cidade.

12 Desperta, desperta, Débora! Desperta, cante uma canção! Levante-se, Baraque! Leve com você os seus prisioneiros, filho de Abinoão!

13-18 Então, os restantes desceram para saudar os heróis. O povo do Eterno se uniu aos poderosos. Os c tães de Efraim desceram para o vale, seguindo você, Benjamim, com as suas tropas. Os comandantes marcharam de Maquir, de Zebulom vieram líderes do alto escalão. Os chefes de Issacar se uniram a Débora, Issacar permaneceu firme com Baraque, cobrindo a retaguarda nos campos de batalha. Mas, entre as divisões de Rúben, havia muita crítica. Por que tanta discussão em torno das fogueiras dos pastores? As divisões de Rúben, dispersas e distraídas, não conseguiam se decidir. Gileade não se arriscou a atravessar o Jordão, e Dã, por que partiu com os seus navios? Aser manteve distância, preferindo a segurança dos seus portos. Mas Zebulom arriscou a sua vida, desafiou a morte, assim como Naftali nos altos campos de batalha.

19-23 Os reis vieram e atacaram, e os reis de Canaã lutaram. Lutaram em Taanaque, junto às águas de Megido, mas não levaram prata nem tomaram os despojos. ” As estrelas do céu se uniram na batalha, de suas órbitas, lutaram contra Sísera. O rio Quisom os arrastou, as torrentes os atacaram, a correnteza do Quisom. Oh! Você pisará o pescoço dos poderosos! Os cascos dos cavalos faziam tremer o chão, garanhões galopando em fuga. “Amaldiçoem Meroz”, diz o anjo do Eterno. “Amaldiçoem duplamente seu povo, Porque não compareceram quando o Eterno precisou deles, não se uniram ao Eterno com os seus valentes guerreiros.”

24-27 Mais bendita entre todas as mulheres é Jael, mulher de Héber, o queneu; a mais bendita entre as mulheres que cuidam do lar. Ele pediu água, ela trouxe leite; Numa linda tigela, ofereceu coalhada. Ela segurou uma estaca da tenda com a mão esquerda e, com a mão direita, pegou um martelo. Ela cravou Sísera, esmagou sua cabeça, traspassou suas têmporas. Ele se curvou aos pés dela. Caiu e ficou estendido. Ele se curvou aos pés dela. Ele caiu. Curvado. Prostrado. Morto.

28-30 A mãe de Sísera aguardava à janela, esperava incomodada e ansiosa. Dizia: “O que teria detido seu carro? Por que não se ouve o ruído dos carros?” A mais sábia de suas damas respondia calmamente, tentando animá-la: “Não seria porque estão ocupados, buscando e repartindo os despojos? Uma moça, talvez duas, para cada soldado. Para Sísera, uma túnica de seda lustrosa, uma roupa luxuosa! Um ou dois cachecóis coloridos, para ornar o pescoço do espoliador.”

31 Assim, que pereçam todos os inimigos do Eterno, e os seus amados brilhem como o Sol. A terra teve paz durante quarenta anos.