UM SALMO DE DAVI
1-2 Deus, Deus… meu Deus! Por que tu me abandonaste a quilômetros de lugar nenhum? Prostrado e dolorido, clamei a Deus o dia inteiro. Mas nada de resposta. Passei a noite tossindo e me revirando.

3-5 Ainda assim, te mostras indiferente, reclinado nas almofadas dos louvores de Israel? Sabemos que eras prestativo para com nossos pais: eles gritavam por socorro, e tu os ajudavas; eles confiaram em ti e tiveram uma vida agradável.

6-8 Mas agora aqui estou eu, um nada — um verme, algo em que se pisar, esmagar. Todos zombam de mim; eles fazem caretas para mim e balançam a cabeça: “Vamos ver se o Eterno atende esse aí. Já que Deus gosta tanto dele, que o socorra!.”

9-11 E pensar que ajudaste no meu nascimento, ajeitando-me na barriga da minha mãe! Quando saí do útero, tu me embalaste: desde o nascimento, tu és meu Deus. Então, foste morar num lugar distante, e os problemas vieram morar na casa ao lado. Estou precisando de um vizinho que me ajude.

12-13 Uma manada de touros veio na minha direção, ouvia-se o estrondo dos animais raivosos, Chifres abaixados, narinas dilatadas, um rebanho de búfalos em movimento.

14-15 Sou um balde chutado para um canto, todos os ligamentos do meu corpo foram rompidos. Meu coração é uma bolha de cera derretida dentro de mim. Estou seco como um osso; minha língua, escura e inchada. Eles querem me sepultar No meio da sujeira.

16-18 Agora uma matilha de cães selvagens corre atrás de mim — assassinos conspiram contra mim. Eles me acorrentam, mãos e pés, e me trancam numa gaiola — um saco De ossos em exibição, encarado com desprezo por todos os que passam. Levaram minha roupa, e por elas lançaram seus dados.

19-21 E tu, ó Eterno — não adies meu resgate! Por favor, vem logo me libertar! Não permitas que eles me cortem a garganta; não deixes que esses animais me devorem. Se não agires logo, estou perdido — chifrado pelos touros, transformado em comida de leões.

22-24 Eis a história que contarei aos meus amigos quando vierem adorar, esta é a história que pontuarei com aleluias: Gritem: “Aleluia!”, adoradores de Deus; deem glória, filhos de Jacó; adorem-no, filhas de Israel. Ele nunca decepcionou vocês, não desviou o olhar quando vocês estavam sendo maltratados. Ele nunca se omitiu nem os ignorou: ele estava bem ali, ouvindo tudo.

25-26 Aqui, nesta grande reunião de adoração, descobri esta vida de louvor. E farei tudo que prometi, bem aqui, diante dos adoradores de Deus. Os necessitados se sentam à mesa do Eterno e comem até ficar saciados. Todos os que buscam Deus estão aqui e o louvam. “Vivam intensamente, de corpo e alma. Não desistam nunca!”

27-28 Dos quatro cantos da terra os povos retornam, estão voltando para o Eterno. Famílias perdidas há tempo estão prostradas diante dele. O Eterno assumiu o comando: de agora em diante ele tem a última palavra.

29 Os poderosos homens de negócio estão diante dele — eles o adoram! Os pobres e os fracos também — eles o adoram! Juntam-se a eles os que nunca entenderam — eles também o adoram!

30-31 Nossos filhos e os filhos deles farão parte disso Quando a palavra for passada adiante, de pai para filho. Os bebês que nem sequer foram concebidos ouvirão as boas-novas — Deus cumpre o que promete.