UM SALMO DE DAVI
1-3 Ouve, ó Eterno! Por favor, presta atenção! Podes entender essas coisas desconexas, meus gemidos e gritos? Deus, meu Rei, preciso da tua ajuda. Todas as manhãs, tu me ouvirás repetindo isso. Todas as manhãs, deposito os cacos da minha vida sobre teu altar, esperando que desça fogo do céu.

4-6 Tu não convives com o perverso nem convidas o mal para ser teu hóspede. O arrogante tropeça diante de ti; balanças a cabeça em desagravo ao malfeitor. O Eterno destrói o mentiroso; o sanguinário e o falso te enojam.

7-8 E aqui estou: eu, teu convidado — não consigo acreditar! Entrei na tua casa e aqui estou, de joelhos no teu santuário, Aguardando tua orientação para atravessar seguro as linhas inimigas.

9-10 Toda a palavra que pronunciam é um campo minado; os pulmões exalam gás venenoso. A garganta é uma sepultura aberta; a língua, escorregadia como uma ladeira enlameada. Declara-os culpados, ó Deus! Que a “sabedoria” deles os arruine. Chuta-os para fora! Eles já tiveram sua chance.

11-12 Mas tu nos darás as boas-vindas de braços abertos quando corrermos para ti em busca de abrigo. Que a festa dure a noite inteira! Monta guarda durante a celebração. Tens fama, ó Eterno, de acolher os que te buscam: fazes da nossa satisfação um enfeite.